CONFÚCIO AINDA NÃO SAIU DA POESIA; ATOS DO NOVO GOVERNADOR AINDA SÃO SIGILOSOS
A não ser a decretação de calamidade pública no setor de saúde pública de Rondônia e a nomeação de assessores de primeiro escalão, os rondonienses ainda não sabem detalhes dos primeiros atos do novo Governo. Confúcio Moura (PMDB) decidiu seguir como regra uma idéia que teve desde que foi eleito: anuncia as poucas ações pelo blog, assim como poesias sem graça e elogios a apoiadores de campanha ou amigos pessoais. O Diário Oficial do Estado, 5 dias após Confúcio tomar posse ainda mantém informações do Governo anterior, ou seja, as ações tomadas por Confúcio não são públicas. A verdade é que nada se sabe sobre os contratos da gestão anterior, se foram suspensos ou se permanecem em andamento. Não se sabe nem mesmo sobre se levou a fundo as ameaças de que colocaria prefeitos na mira do Tribunal de Contas por terem recebido ônibus escolares. Os sites de informação do Governo ainda estão desatualizados, a exemplo do Diário Oficial. Nenhuma agenda é fornecida antecipadamente.
Twitter e os jornalistas
A intenção de Confúcio Moura já ficou clara: manter distância de questionamentos de jornalistas, uma vez que pode demonstrar desconhecimento sobre o Estado ou cair em outros deslizes. São raras as oportunidades em que participa de coletiva e seus principais meios de contato com a comunidade ainda são o blog e as empresas do Grupo União Cascavel. Nos últimos dias assessores da campanha de Confúcio lançaram uma página no Twitter para aumentar ainda mais a distância do novo governador com a imprensa. Quem gosta apenas de informações oficiais e elogios mil a políticos pode acessar tranquilamente.
Decreto e desconhecimento
Como o RONDONIAGORA anunciou nos últimos dias, Confúcio desconhece a estrutura do Governo por completo. A dramática situação na saúde pública, anunciada pelo governador em seu blog já era de conhecimento de todos. Diariamente o Diário da Justiça informa decisões de desembargadores forçando o Estado a agir. Pessoas morrem todos os dias no João Paulo II e durante a campanha, ele próprio denunciou o drama. Mas agora diz que a situação é pior do que esperava. Na realidade, tomou um choque ao ver que para resolver essa situação não bastam apenas poesias, mas ação.
Como médico, não justifica a tal surpresa de Confúcio com o caos que observou. E como ex-prefeito certamente sabia que o local era e é usado diariamente por essas gestões para desafogar suas cidades. A medida de Confúcio é completamente demagógica e simplesmente uma nova forma de aparecer como salvador da Pátria, atraindo os holofotes da mídia que o interessa. Em poucos dias deve anunciar via blog e Twitter que conseguiu tirar os doentes do chão. Mas é só isso doutor? Rondônia esperava com sua posse um plano de gestão para os setores mais problemáticos. E um decreto de calamidade apenas ajuda aliados, hospitais e profissionais que serão contratados sem qualquer licitação ou fiscalização. É a Nova Rondônia.
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