DEPUTADO QUE LAMENTOU SOFRIMENTO DE VALTER ARAÚJO DEVE SER INVESTIGADO

O corregedor-geral da Assembléia Legislativa, deputado Eurípedes Lebrão (PTN), recebeu nesta quarta-feira o áudio e notas taquigráficas do discurso do deputado Ribamar Araújo (PT), realizado no dia anterior, quando acusou os parlamentares de serem bandidos. Na sessão de terça-feira, Araújo não conseguiu dar explicações sobre a renúncia como membro da Comissão Processante, utilizou a tribuna para atacar o Rondoniagora, afirmou que “só tem bandido no Legislativo” e lamentou o que considerou de “sofrimento”, de Valter Araújo, referindo-se a prisão do foragido.

Eurípedes Lebrão afirma que o deputado Ribamar Araújo deveria, primeiramente, ter lido o Regimento Interno da Casa e, em seguida, o Código de Ética da Câmara Federal. “Ele sabe que temos prazos regimentais a serem rigorosamente cumpridos e que vamos sim dar uma resposta rápida à sociedade. Ele cobra agilidade, mas deveria ter ficado para ajudar no processo e não ficar atacando os deputados que estão trabalhando”.

Para os deputados, Ribamar Araújo antecipou um resultado inexistente, colocou sob suspeita o trabalho da comissão e passou inesperadamente a defender o presidente foragido, Valter Araújo. “Sai da comissão porque estavam perseguindo o Valter”, vociferou nos corredores da ALE.

Eurípedes Lebrão afirma que o deputado Ribamar Araújo deveria, primeiramente, ter lido o Regimento Interno da Casa e, em seguida, o Código de Ética da Câmara Federal. “Ele sabe que temos prazos regimentais a serem rigorosamente cumpridos e que vamos sim dar uma resposta rápida à sociedade. Ele cobra agilidade, mas deveria ter ficado para ajudar no processo e não ficar atacando os deputados que estão trabalhando”.

Ao receber o áudio e as notas, Lebrão afirmou que repassará os dados para o setor jurídico para avaliar se a Casa irá processar Ribamar Araújo.

Renúncia

Na sessão desta quarta-feira, o presidente Hermínio Coelho fez um desafio a Ribamar Araújo: que apresente documento, vídeos ou qualquer gravação que o envolva em corrupção, “negociata para tirar dinheiro público, qualquer tipo de transação ou safadeza. Se apresentarem isso eu renuncio e vou embora de Porto Velho, porque a única coisa que tenho e procuro nunca perder ela é a vergonha na cara. Queria que daqui pra frente, que o deputado mostre provas. Não vou aceitar que acuse colegas aqui sem ter provas. Enquanto eu estiver na presidência não permitirei que se acuse sem ter provas”.