Rondônia, 29 de novembro de 2024
Política

Deputados gastam R$ 1 mi em divulgação e consultoria, diz Folha

Em ano de eleição municipal, deputados federais gastaram R$ 1,1 milhão da verba indenizatória no período de "férias" do Congresso em duas modalidades de despesas usadas para promover a imagem: "divulgação do mandato parlamentar" e "pesquisas e consultorias".


A lista
A lista dos que gastaram a verba em janeiro é liderada por Marcelo Serafim (PSB-AM), que usou R$ 27.448,46 -ou seja, R$ 12.448,46 acima do teto. Ele disse que usou o dinheiro no aluguel de um jatinho para visitar seu eleitorado. "Viajei para 12 municípios entre 4 e 7 de janeiro. Um deputado de São Paulo faz campanha de carro, no Amazonas é diferente, tem que ser de barco ou de avião."
Pré-candidato à Prefeitura de Palmas, Eduardo Gomes (PSDB-TO) gastou R$ 12,4 mil para divulgar seu mandato. "Sou oposição no Estado e utilizo a verba para divulgar meu trabalho", disse. Mas negou que o dinheiro seja usado em pré-campanha: "Se tiver que fazer coisa específica para a campanha vai ser pelo partido".

A lista
A lista dos que gastaram a verba em janeiro é liderada por Marcelo Serafim (PSB-AM), que usou R$ 27.448,46 -ou seja, R$ 12.448,46 acima do teto. Ele disse que usou o dinheiro no aluguel de um jatinho para visitar seu eleitorado. "Viajei para 12 municípios entre 4 e 7 de janeiro. Um deputado de São Paulo faz campanha de carro, no Amazonas é diferente, tem que ser de barco ou de avião."
Pré-candidato à Prefeitura de Palmas, Eduardo Gomes (PSDB-TO) gastou R$ 12,4 mil para divulgar seu mandato. "Sou oposição no Estado e utilizo a verba para divulgar meu trabalho", disse. Mas negou que o dinheiro seja usado em pré-campanha: "Se tiver que fazer coisa específica para a campanha vai ser pelo partido".
É o mesmo caso de Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que disputará a eleição para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (PE), e gastou R$ 15,9 mil em janeiro. Segundo o deputado, a maior parte do dinheiro foi para a locomoção de grupos de maracatu que iriam se apresentar no Estado. "Ás vezes, a prefeitura oferece R$ 1.000 de cachê para esses grupos que têm dez componentes ou mais. Então eu colaboro com o transporte, mas a minha assessoria sempre acompanha", disse.
Paulo Teixeira (PT-SP), um dos líderes em gastos com "consultoria e pesquisa", disse que apresentou notas relativas a despesas de meses anteriores, que somaram R$ 9.178. "Creio que devem ser gastos diluídos em outros meses, relativos a serviços prestados no exercício de dezembro", disse. A Câmara afirma que os ressarcimentos são semestrais, ou seja, não há resíduos de dezembro.
A verba indenizatória foi criada em 2001 quando Aécio Neves (PSDB-MG), atual governador, dirigia a Casa.
Ontem, o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que os gastos da Casa são mais transparentes que em qualquer outro órgão. Ele também não se opôs à abertura das notas fiscais dos gastos. "Acho que dar acesso não tem nenhum problema, desde que isso esteja respaldado em lei. Porque dar acesso fere a própria regra dos serviços públicos. Da minha parte, não há restrição pessoal de disponibilizar informação, mas tem que respeitar a lei."
A Câmara não fiscaliza as notas, apenas analisa a validade do documento fiscal -por exemplo, não são aceitas notas compradas em papelarias. Por mês, os deputados apresentam cerca de 10 mil notas.

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