Ezequiel Júnior relata discriminação que vem sofrendo dentro do PSDC
Em seu pronunciamento na sessão desta terça-feira (21), na Assembleia Legislativa, o deputado Ezequiel Júnior (PSDC) repudiou a conduta de sua legenda que, segundo ele, sem qualquer aviso prévio o tirou da presidência do diretório municipal do PSDC em Machadinho do Oeste.
Diante da atitude, o deputado disse ter se sentido completamente desprestigiado e desrespeitado em sua base eleitoral. O parlamentar criticou a falta de interesse por parte da presidência do partido em comunicá-lo sobre a decisão. Ezequiel citou o inciso II, do artigo 22a, da Lei 9.096/95, o qual destacou “a grave discriminação política pessoal”.
Para o deputado, diante da atitude áspera da agremiação, além do profundo constrangimento, tal situação prejudicou sua condução no processo eleitoral em Machadinho, onde estava trabalhando para a formação de uma nominata para o próximo pleito municipal.
“Como deputado estadual, não tive o prestígio de, sequer, continuar como presidente do partido na minha base. Me sinto abandonado, desprezado e acuado dentro do partido em que estou”, declarou Ezequiel Júnior.
O parlamentar disse ter sido sempre fiel à sua legenda e assegurou que pretende continuar sendo. Ressaltou sua certeza em até hoje ter cumprido com todas as suas obrigações e destacou sua contribuição partidária, conforme prevê o estatuto do partido.
“Tanto eu quanto meus assessores sempre cumprimos com as obrigações perante o partido. Tive a oportunidade de sair por muitas vezes diante de vários convites. Nunca saí por fidelidade ao PSDC, o mesmo partido que hoje comete essa discriminação política e pessoal contra minha pessoa. Me sinto perseguido e sem espaço”, frisou Ezequiel.
O deputado disse que os problemas no PSDC não são de hoje. Lembrou que há pouco tempo a legenda perdeu a deputada Glaucione Rodrigues, atualmente no PMDB. Ezequiel citou notícia veiculada em 2013, onde o ex-deputado estadual Neodi Carlos criticou a presidência do PSDC, declarando que a sigla havia se tornado um partido de aluguel.
O deputado frisou que sua permanência no PSDC, após a conduta do diretório regional, se tornou insustentável diante do constrangimento, da humilhação e da sensação de perseguição.
Ezequiel anunciou que seus advogados estão tomando as medidas legais para providenciar sua saída do partido sem prejuízos ao seu mandato.
Apartes
O deputado Laerte Gomes (PSDB) classificou como “sacanagem” a atitude do PSDC com o colega Ezequiel Júnior. O parlamentar tucano disse sentir que o partido “não quer mais o deputado na sigla” e lembrou o orgulho que Ezequiel sentia em ser do PSDC. Laerte destacou e elogiou a história política do colega e declarou que, com a saída de Ezequiel, quem perde é o PSDC.
O deputado Edson Martins (PMDB) parabenizou a postura de Ezequiel Júnior, disse que o parlamentar sempre primou por uma conduta ética e correta e lamentou a atitude do PSDC.
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