Rondônia, 02 de maio de 2024
Política

Folha de S. Paulo: Polícia Civil investiga omissão de bens do cantor Netinho

A cinco dias das eleições, a Polícia Civil de São Paulo esteve na casa de Netinho de Paula (PC do B), candidato ao Senado na chapa do PT. Na última terça-feira, dois carros da polícia foram com um perito criminal ao condomínio do cantor para fotografar o imóvel.



Netinho está tecnicamente empatado nas pesquisas com Marta Suplicy (PT) na disputa pelas duas vagas de São Paulo ao Senado. Aloysio Nunes, candidato do PSDB, está em terceiro lugar.

A ação foi criticada pelo partido de Netinho, que deu tom político à investigação. O PC do B promete apresentar hoje representação à Corregedoria da Polícia Civil, alegando que houve constrangimento e abuso de poder na abordagem policial.

Netinho está tecnicamente empatado nas pesquisas com Marta Suplicy (PT) na disputa pelas duas vagas de São Paulo ao Senado. Aloysio Nunes, candidato do PSDB, está em terceiro lugar.

À Folha, a presidente do PC do B em São Paulo, Nádia Campeão, disse que Netinho não foi notificado, e que os policiais tentaram entrar na casa do candidato. Ela afirmou que agentes fotografaram a garagem e registraram imagens pelas janelas.

Campeão questionou a atuação da Polícia Civil em apuração de suposto crime eleitoral. "Quem faz isso é a Polícia Federal. Foram à casa dele e não entraram porque ninguém deixou", disse.

Netinho mora em uma casa avaliada em cerca de R$ 2 milhões. O cantor, no entanto, não declarou o imóvel à Justiça Eleitoral.

Ele disse ao partido que o bem foi doado aos filhos e está apreendido pela Justiça por conta de processos trabalhistas aos quais responde.

Em 2008, quando se elegeu vereador, Netinho declarou um patrimônio de R$ 1,3 milhão ao TSE. Neste ano, disse ter R$ 192 mil em bens. A casa agora sob investigação está entre os bens que saíram da declaração do candidato ao Senado.

Segundo a Polícia Civil, foram feitas apenas fotografias das áreas externas da casa.

Procurado pela Folha, o Ministério Público Eleitoral de Barueri afirmou, em nota, que o inquérito foi instaurando para apurar a suposta ocultação de bem por conta de uma "representação enviada ao Ministério Público".

O órgão, no entanto, não quis informar o nome do autor da representação.

O secretário nacional do PC do B, Walter Sorrentino, disse, em seu blog, que a atuação da polícia ocorreu ao "arrepio da lei".

"Um episódio desse exige que as autoridades se expliquem, sob pena de demonstrar descaso com os direitos civis", afirmou o secretário-geral da sigla.

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