GOVERNADOR MANDOU PAGAR R$ 2 MILHÕES E 800 MIL A SERVIDOR, APÓS ACERTO DE PROPINA
Confúcio Moura é alvo de denúncias de corrupção envolvendo o cunhado Francisco de Assis Oliveira desde que assumiu a cadeira de Chefe do Executivo de Rondônia, mas sempre se esquivou de perguntas sobre o assunto e, quando questionado, também negava qualquer envolvimento. A deleção premiada do ex-aliado José Batista não só revela os esquemas como detalha a forma e valores de propinas pagas.
O grupo agia com avidez em todo e qualquer processo e contrato de quantias vultosas, mesmo que fossem de pagamento de direitos trabalhistas adquiridos como o do servidor público José Sérgio Campos, auditor fiscal do Estado exonerado administrativamente e reintegrado ao governo por decisão judicial.
Segundo depoimento de Batista à Polícia Federal, o auditor tinha direito a receber do governo o valor de R$ 2 milhões e 800 mil reais, mas Francisco de Assis Oliveira condicionou a liberação do dinheiro ao pagamento de propinas divididas em 6 parcelas mensais. “Posso afirmar que efetuei um repasse, dentre outros, no ano de 2011 até setembro, no valor de R$ 900 mil em espécie a título de propina para liberação ágil do valor devido ao servidor”.
José Batista disse, ainda, que o dinheiro passou pelas mãos dele e que entregou pessoalmente ao cunhado de Confúcio Moura. “Ele não confiava no servidor, só em mim”.
Mais uma vez na delação, Batista deixa claro que Confúcio Moura coordenava o esquema das propinas. “A liberação do pagamento devido ao referido servidor e a negociação feita por Assis era de conhecimento do governador. Afirmo isso em virtude dos R$ 2 milhões e 800 mil saírem dos cofres da Sefin, no que não concordava Wagner (então secretário adjunto de Finanças), visto que haveria outro servidor em situação semelhante e não obteria tal benesse. O governador determinou que ainda assim fosse pago”.
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