Rondônia, 24 de dezembro de 2025
Política

Governador Marcos Rocha vive dilema entre desejo da esposa e irmão contra bom senso dos aliados

A conversa reservada com seu secretariado, vazada na imprensa por seus próprios assessores de primeiro escalão, apontando para desistência de uma candidatura ao Senado em 2026 levou o governador Marcos Rocha há um grande dilema, faltando 3 meses para a decisão imutável. De um lado, o forte desejo de sua esposa, Luana Rocha, inequivocamente um nome forte para Câmara Federal, em concorrer a cargo eletivo, e o sonho do irmão, Sandro Rocha, em tornar-se deputado estadual a partir de 2027, exercem forte pressão para estimular o chefe do Executivo a deixar o cargo no final de março e lançar-se a corrida eleitoral.

Por outro lado, os aliados, alçados ao núcleo duro após a queda do ex-todo-poderoso Júnior Gonçalves da Casa Civil, falam do bom senso do governador permanecer no cargo, finalizar o mandato de 8 anos, corrigindo falhas estruturais em setores vitais do Estado, para deixar um legado de sua gestão.

TCE alerta sobre crise fiscal

Caso permanece no cargo, Marcos Rocha tem um grande desafio em 2026. As contas públicas, conforme relata o Tribunal de Contas, precisam de medidas urgentes saneadoras para evitar uma possível catástrofe fiscal, muito embora o secretário de Finanças negue publicamente o problema. Mas o certo é que o alerta para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal foi expedido e tem endereço certo. 

No topo da crise, a falta de competência administrativa na Secretaria de Estado da Saúde sem cobertura orçamentária e financeira para cobrir despesas continuadas colocando em risco a UTI Neonatal do Hospital de Base, por exemplo. O alerta do TCE referenda o discurso do deputado estadual Rodrigo Camargo. Embora habituado a arroubos, Camargo tem razão quando pede a cabeça do secretário-coronel Jefferson. Como Rocha, em nome dos amigos da caserna, deixou a Saúde chegar a esse ponto? Já não bastava o “açougue” chamado Pronto Socorro João Paulo II? E nem se falou anda sobre o tal Fun-Heuro, cujos recursos no valor de R$ 60 milhões foram aprovados para compra de um campus de uma faculdade particular em Porto Velho.

Sérgio Gonçalves

Engana-se quem afirma que as relações entre Rocha e Sérgio Gonçalves estão mil maravilhas. Os dois não são vistos publicamente, e não há relatos nem de telefonemas ou troca de mensagens entre o mandatário e o vice. Chegou-se a articular a entrega de cerca de 200 cargos, segundo informações de bastidores,  para Sérgio voltar a compor com Rocha para não fritar seus aliados, numa eventual saída do Governo em março do próximo ano. Óbvio que se fosse verdade, Sérgio, que não é bobo, aceitaria, mas sua vingança certamente será pesada quando assumir o Governo. Seu irmão foi humilhado publicamente, obrigado a deixar a Casa Civil escoltado pela Polícia Militar, como se fosse levar alguma cadeira, mesa ou poltrona daquela suntuosa sala do Centro Político Administrativo (CPA). O próprio Sérgio foi demitido publicamente em programa de TV aliado a Rocha durante uma entrevista ao vivo. Sérgio foi chamado de traidor publicamente e não é segredo para ninguém que vários documentos foram entregues à Polícia Federal sobre uns segredinhos dos Gonçalves quando estiveram no primeiro bloco do Governo Estadual.

Reflexão natalina

Por esses bons poucos motivos o governador deve refletir sobre sua decisão nestes dias festivos de Natal e Ano Novo. Sua escolha pode impactar a vida de muitos.

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