Rondônia, 26 de dezembro de 2024
Política

Internacionalização do aeroporto da capital depende de investimento de R$ 4,5 milhões

A efetiva internacionalização do aeroporto “Jorge Teixeira de Oliveira” depende apenas da alocação de recurso no valor de 4,5 milhões de reais, uma quantia irrisória, segundo o presidente da Federação das Indústrias de Rondônia, Marcelo Thomé, se considerados os benefícios que essa medida trará a economia do estado. O assunto foi tema de debate na tarde desta segunda-feira, 6 de junho, no plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia, com a participação de representantes da Superintendência de Desenvolvimento do Estado (Suder), Infraero, Fecomércio, Receita Federal e Associação Brasileira de Agências de Viagens do Estado (ABAV).

A audiência, conduzida pelo deputado Léo Moraes - que deu o devido encaminhamento à questão e cobrou da Infraero as respostas sobre quais pontos são necessárias para que esta questão seja resolvida - atendeu à solicitação da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) ao presidente da Casa de Leis, deputado Maurão de Carvalho, para discutir sobre a efetivação da internacionalização do aeroporto “Governador Jorge Teixeira de Oliveira”.

Na opinião do presidente da Fiero, Marcelo Thomé, a audiência pública superou as expectativas, pois todos os atores que poderão participar da solução do problema estiveram presentes. “Acredito que em 15 dias - o prazo estipulado pela Infraero -, teremos as respostas para que todas as entidades aqui reunidas possam se debruçar sobre as ações necessárias para concretização desse sonho, não apenas para Porto Velho, mas para todo o estado” disse.

O deputado Léo Moraes destacou a importância do debate e disse que o Poder Público e as demais instituições devem, utilizar as ferramentas legais e institucionais para buscar o alfandegamento do aeroporto por ser um bem necessário para o progresso de Rondônia, a nova fronteira do desenvolvimento econômico do país.

De acordo com o superintendente da Infraero, Carlos Alberto Menezes da Costa, o assunto já foi discutido por diversas vezes com a Receita Federal, Fiero e Anvisa. E após os debates, de fato se chegou a conclusão de que, para atender todos os critérios exigidos para viabilizar o alfandegamento são necessários investimentos na ordem de R$ 4,5 milhões. “E para o Governo, isso não representa praticamente nada se for levado em consideração o retorno financeiro que será gerado com a possibilidade de intercambio de passageiros e cargas”, salientou Carlos Alberto. "A Infraero se compromete a produzir, em duas semanas, um relatório apontando o que será necessário para que isto venha a ocorrer", informou.

Para o presidente da Fiero, a internacionalização do aeroporto de Porto Velho trará um leque de benefícios, não só no que concerne ao transporte de passageiros, como a possibilidade de alavancar as exportações pelo modal aeroviário. Marcelo Thomé acentua que o tema está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico do Estado, diante da internacionalização das empresas, a consequente exportação, verticalização da cadeia produtiva existente e agregação de valor aos produtos.

O empresário e vice-presidente de Desenvolvimento da Fiero, Adélio Barofaldi enfatizou que, o desenvolvimento econômico da região, significa internacionalizar as empresas locais e a Fiero tem o projeto de verticalização das cadeias produtivas existentes, seguida de agregação de valores desses produtos. Segundo o líder empresarial, para que isso aconteça, é preciso que o Aeroporto Internacional de Porto Velho, esteja em pleno funcionamento. O relacionamento e o comércio exterior com os países da América Latina precisam da efetivação do aeroporto.

O empresário do setor aéreo Gilberto Scheffer defendeu a implantação da alfândega. "O aeroporto de Porto Velho precisa ser de fato internacionalizado. Não podemos deixar que os rondonienses procurem outros Estados para seus voos. Somos um Estado rico e que precisa desse investimento" declarou.Após a audiência os representantes das entidades firmaram compromisso em acompanhar o processo e a Infraero se comprometeu a fornecer, em 15 dias, os ajustes necessários para o alfandegamento.

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