Jaime Bagattoli: aumento na importação de fertilizantes sinaliza risco para a produção de alimentos no Brasil
Um levantamento recente segue preocupando o setor produtivo e, consequentemente, o consumidor brasileiro. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil registrou neste ano um aumento de 10% na importação de fertilizantes utilizados na agricultura nacional.
Para o vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) no Senado, o senador Jaime Bagattoli (PL), a alta é preocupante, pois sinaliza que o Brasil segue dependente da importação de fertilizantes, mesmo tendo grandes reservas capazes de suprir a demanda nacional e até mesmo internacional.
“Hoje, o agronegócio brasileiro é o maior do mundo, mas depende quase que totalmente da importação de insumos de fertilizantes, o que é uma contradição já que possuímos grandes reservas de potássio, ferro e ureia. Hoje o Brasil é líder na exportação de diversos produtos agropecuários, mas isso pode estar ameaçado, uma vez que nossos principais fornecedores estão em conflito (Rússia, Ucrânia e países do Golfo)”, alerta o senador.
INICIATIVA
A preocupação é tanta que Jaime protocolou, no último mês, um ofício ao ministro da Agricultura e Pecuária sugerindo a criação de um grupo de trabalho para acelerar as tratativas em favor da indústria nacional de fertilizantes.
“O atual governo precisa focar urgentemente numa indústria petroquímica de fertilizantes nacional, permitindo investimentos privados e acionar projetos nacionais que hoje estão paralisados por entraves ambientais e ideológicos, como a exploração consciente das reservas de potássio na Amazônia. Do contrário, se mantivermos o atual cenário só traremos ameaças ao agro, à economia e até mesmo à segurança alimentar dos brasileiros e do mundo”, finaliza o senador.
Em setembro deste ano, Jaime cobrou diretamente da ministra do Meio Ambiente, Mariana Silva, um empenho direto na liberação das licenças ambientais e investimentos governamentais nas minas de potássio em Autazes (AM) que, segundo estudos da UFMG, teriam capacidade de abastecer o Brasil até 2100.
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