Laerte Gomes cobra reintegração imediata de propriedade invadida na 429
As invasões a propriedades rurais na região da 429 não é uma questão agrária, mas criminal. A afirmação é do deputado estadual Laerte Gomes (PSDB), que nesta terça-feira cobrou providências do titular da Secretária de Segurança Pública de Rondônia (Sesdec), Antônio Carlos Reis, e denunciou o fato na tribuna da Assembleia Legislativa.
“Sabemos que existe uma decisão da Justiça, mas para iniciarmos os procedimentos de reintegração precisamos ser oficiados”, disse Reis.
Durante a reunião com o secretário, Laerte Gomes foi informado que o Estado ainda não foi notificado da sentença de reintegração de posse.
“Sabemos que existe uma decisão da Justiça, mas para iniciarmos os procedimentos de reintegração precisamos ser oficiados”, disse Reis.
De acordo com o secretário, a Polícia Militar permanece na região para garantir a ordem pública e conter os ânimos exaltados. Em um levantamento inicial, a Sesdec obteve a informação de que são entre 40 a 70 famílias dentro da fazenda do produtor rural Augusto Nascimento Tulha.
“Assim que formos notificados daremos início as três fases da reintegração: levantamento completo da quantidade de pessoas envolvidas, estudo da situação e negociação”, informou o secretário.
Prejuízo e violência no campo
A propriedade invadida tem mais de trinta anos e fazia parte dos 10,44% da produção de carne bovina do estado concentrada na região da 429. Segundo o fazendeiro, a invasão aconteceu no dia 17 de julho. De lá para cá, pouco resta da próspera pecuária.
“Entraram na minha casa, me amarram, passaram a faca no meu pescoço. Destruíram tudo. Queimaram o pasto, roubaram a retroescavadeira de passaram por cima da sede, das casas dos funcionários, casa do gerente e estão arrancando toda a cerca. O gado que resta está morrendo de fome e sede”, diz o produtor.
O deputado Laerte Gomes, levou o caso à tribuna da Assembleia da Legislativa. Disse que a população de São Francisco do Guaporé, e toda região, está apavorada com a onda de violência causada pelo grupo que se intitula Liga dos Camponeses Pobres (LCP).
“Esse grupo anda encapuzado. Colocam capuz até nas mulheres e crianças. Não é a toa que as pessoas que moram naquela área estejam tão preocupadas. Nosso medo é que essas invasões se estendam para outras propriedades”, disse Laerte, parabenizando em seguida a união dos produtores rurais que vivem ao longo da 429. “Se tornaram como abelhas. Estão juntos em todas as reuniões”.
Crime ambiental
Além de depredar todo o patrimônio da fazenda, os invasores queimaram a pastagem e estão destruindo a área de preservação da propriedade determinada por lei.
“Não estou criticando ninguém, mas vale a pena refletir: se essa invasão fosse a alguma reserva florestal garanto que já não tinha mais ninguém na área”, disse o deputado na tribuna do Legislativo.
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