Maurão de Carvalho é condenado a mais de 17 anos de prisão nos esquemas da folha paralela e das passagens
O pleno do Tribunal de Justiça condenou nesta segunda-feira, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (MDB) a quase 18 anos de prisão em duas ações penais descobertas com a Operação Dominó. Maurão pegou 3 anos e 4 meses pelo esquema das passagens aéreas e outros 14 anos e 7 meses por envolvimento na folha paralela na Casa de Leis.
Datados de 2005 e 2010, a demora de julgamento nos processos de Maurão se deve a vários fatores: o MDB conseguiu segurar os processos após insistentes pedidos junto à Assembleia Legislativa. Também como chefe de um poder só poderia ser julgado pelo próprio pleno do Judiciário (composição completa dos desembargadores). No começo do ano ainda tentou postergar mais uma vez os julgamentos, alegando que perdeu a prerrogativa de foro após perder as eleições de 2018, mas o Tribunal de Justiça não concordou.
No esquema das passagens aéreas, Maurão de Carvalho e os deputados Neodi Carlos Francisco de Oliveira e João Ricardo Gerolomo de Mendonça foram denunciados por peculato em desvios que chegam próximo aos R$ 3 milhões pelo fornecimento de 1.757 passagens aéreas, a várias pessoas, para viagens sem qualquer interesse público. A família de Maurão foi beneficiada.
Já no esquema da folha paralela, os parlamentares recebiam dinheiro para garantir apoio ao ex-presidente da Casa, Carlão de Oliveira. Maurão teria apontado os nomes de 43 fantasmas para recebimento de dinheiro.
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