Moradores do Assentamento Renascer pedem energia, apoio à produção e melhorias na estrada

Isolados pelas más condições da estrada e prejudicados com a falta de energia elétrica. Esta é a dura realidade que cerca de 200 famílias do Assentamento Renascer, na Linha C-95, região do distrito de Rio Pardo, na fronteira entre os municípios de Buritis, Porto Velho e Alto Paraíso, enfrentam desde que foram assentados na localidade, há cinco anos.
A presidente da Associação dos Produtores e Produtoras Rurais da Linha C-95 (Asprol-95), Gelciânia Marques Nunes, fez um breve relato das dificuldades que eles enfrentam para produzir e sustentar a família.
“Essas comunidades, formadas por famílias de pequenos produtores, precisam de nossa atenção, do nosso apoio e do nosso trabalho enquanto homens públicos, para que as ações possam ocorrer, representando uma oportunidade de melhoria da qualidade de vida”, destacou Maurão.
A presidente da Associação dos Produtores e Produtoras Rurais da Linha C-95 (Asprol-95), Gelciânia Marques Nunes, fez um breve relato das dificuldades que eles enfrentam para produzir e sustentar a família.
“A estrada da Linha C-95 está intransitável. Isso tem afetado os produtores de leite e das demais culturas. Mas, o principal são as nossas crianças, que ficam fora da escola por falta de condições de os ônibus do transporte escolar levá-los para as aulas. Por isso, pedimos a estadualização da referida linha, desde o seu começo em Buritis, quando ela é chamada de Linha 01. Sob a responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), temos a esperança de que isso seja resolvido”, argumentou.
Maurão e Moraes acenaram com a destinação de um trator de pneus, equipado com carreta e grade aradora, para atender os produtores do Renascer, como forma de estimular a produção agropecuária local.
No Assentamento, as cerca de 200 famílias cultivam mandioca, milho, arroz, feijão e outras culturas de subsistência. A pecuária de leite é outra atividade, mas a falta de estradas em boas condições e de energia elétrica, afeta a produção e a renda dos trabalhadores, que vivem em pequenas áreas entre 10 e 20 alqueires.
Ozeias de Paula mora no Renascer desde a sua criação. Ele reclama da falta de energia e de estrada em boas condições, mas o seu grande lamento é a falta de transporte escolar para que a filha Ozilane Nunes, de 12 anos, possa ir à escola.
“No ano passado, ela teve uns 60 dias de aula. Nos últimos quatro anos, foi o maior tempo de estudo em um único ano que ela teve. Fico muito triste e preocupado com o seu futuro. E não é apenas a minha filha fora da escola. São cerca de 30 crianças e adolescentes nesta situação”, relatou.
Rede de energia
O presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores da Linha 01 (Asmeprol), Paulo Sérgio dos Santos, disse que a expansão da rede de energia é uma necessidade da região. Alguns iniciaram o serviço por conta própria, mas uma subestação é necessária.
Por telefone, Maurão conversou com o presidente da Eletrobras Rondônia, Luiz Marcelo, que informou que a obra do linhão de energia, ligando Ariquemes a Monte Negro e Buritis, deverá ser iniciada no começo do segundo semestre, com previsão inicial de 14 meses para a sua conclusão.
Marcelo comunicou também que no próximo mês de abril, será entregue a rede ligando Buritis a Rio Pardo. “O presidente da Eletrobras se comprometeu também em enviar uma equipe para a região do Renascer, para fazer um levantamento das necessidades de implantação de energia, sendo o primeiro passo para a construção de uma rede elétrica”, anunciou Maurão.
Veja Também
Emenda da deputada Lebrinha viabiliza estudo sobre pirarucu invasor na bacia do Vale Guaporé
Comissão de Saúde debate criação do PCCR para médicos e amplia para outras categorias
Vereador Adalto de Bandeirantes reforça demandas de limpeza e manutenção nos Distritos