Moreira Mendes condena vinculação de mortes no campo ao Código Florestal
O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, condenou hoje a tentativa de vinculação dos assassinatos de camponeses, ocorridos no Pará e em Rondônia, à recente aprovação do novo Código Florestal pelos deputados. Em discurso na tribuna da Câmara, ele afirmou que ambientalistas ideológicos radicais e até parlamentares - que não se conformam com o resultado da votação do projeto na semana passada - estão plantando matérias nos grandes jornais do Brasil e do exterior na tentativa de vincular as mortes dos trabalhadores à discussão das mudanças na legislação ambiental.
Responsabilidade
Ainda de acordo com o presidente da FPA, a discussão e votação das mudanças no Código Florestal na Câmara foram feitas com a mais absoluta seriedade e responsabilidade, e os deputados apenas colocaram no texto da lei aquilo que já vem sendo praticado por força de resoluções e decretos. Não é possível tratar essas coisas com tanta irresponsabilidade. É preciso respeitar a opinião pública, respeitar o povo. O que nós estamos fazendo é tratar de assuntos que são de interesse do país, discursou.
Moreira afirmou que o assassinato do sem-terra Adelino Ramos (Dinho), ocorrido na última sexta-feira (27), em Rondônia, não tem nada a ver com liderança ambiental ou liderança rural. Foi um crime como outro qualquer. Aliás, como milhares que acontecem todos os dias no Rio de Janeiro, em São Paulo, nas grandes cidades, nas rodovias do Brasil, e ninguém fala nada. Agora esses pobres que morreram e eu sinto muito por isso vão virar herói nacional, tudo por conta do Código Florestal.
Responsabilidade
Ainda de acordo com o presidente da FPA, a discussão e votação das mudanças no Código Florestal na Câmara foram feitas com a mais absoluta seriedade e responsabilidade, e os deputados apenas colocaram no texto da lei aquilo que já vem sendo praticado por força de resoluções e decretos. Não é possível tratar essas coisas com tanta irresponsabilidade. É preciso respeitar a opinião pública, respeitar o povo. O que nós estamos fazendo é tratar de assuntos que são de interesse do país, discursou.
Moreira criticou principalmente a atitude de alguns parlamentares que vêm engrossando o discurso das ONGs (Organizações Não Governamentais) internacionais, de que o novo código autoriza a devastação da Amazônia e o desmatamento, e anistia produtores rurais que praticaram crimes ambientais. É mentira! Que venham provar qualquer possibilidade de (o Código Florestal) autorizar novos desmatamentos e anistiar quem quer que seja. O que nós aprovamos é aquilo que o governo já faz.
Raposa Serra do Sol
O deputado aproveitou a oportunidade para parabenizar a revista Veja pela reportagem Uma reserva de miséria, em que aborda a realidade da reserva indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima. Está aqui um bom para exemplo para o Supremo Tribunal Federal e para essas ONGs todas, que criaram a reserva indígena Raposa do Sol. Uma vergonha! Os índios estão passando fome. Esse é o resultado da Raposa Serra do Sol. Isso é um tapa na face daqueles que defendem o indefensável. Está aqui o resultado, concluiu.
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