Rondônia, 11 de janeiro de 2025
Política

Mototáxi, CUT e o líder do prefeito

Sem entrar no mérito acerca da segurança, higiene e outras variáveis contrárias à implantação do serviço de transporte de passageiros em motocicletas, talvez, nunca se tenha visto uma defesa tão intransigente da Central Única dos Trabalhadores, a gloriosa CUT rondoniense, e da cúpula petista, mas ironicamente, contra o trabalhador. Na votação da emenda alterando a Lei Orgânica, autorizando o mototaxi em Porto Velho, o presidente da CUT, Itamar Ferreira dos Santos, um árduo defensor dos direitos do trabalhador, desde a época dos bancários, estava irreconhecível ao lado do ex-secretário Edson Silveira, um dos maiores aliados da senadora Fátima Cleide, articulando contra o pessoal do mototaxi. Quem diria, a CUT contra trabalhador.

Finalmente, conseguiram o que queriam. A emenda não passou. E justamente por causa de um único voto. O líder do prefeito, Marcelo Reis (PV), jornalista e profundo conhecedor dos problemas da cidade porque sua carreira começou atuando nos bairros da periferia ao lado da colega Ana Aranda, ficou em cima do muro. Preferiu abster-se, apesar de ter prometido que votaria pela alteração da Lei Orgânica. Hoje, a postura de Marcelo Reis era o assunto comentado da padaria ao salão de beleza. A crítica não era por ser contra ou a favor do mototaxi, mas por não ter tido hombridade e tomar partido, seja a favor das empresas de transportes, taxistas, categoria massa de manobra, ou dos mototaxistas.

Roberto Sobrinho e o PT deram um tiro no pé. Cometeram um erro estratégico. Poderiam ter permitido o mototaxi, regulando número de placas, criando regras específicas e banindo os maus profissionais dos serviços. Agora, como resolveram seguir o pensamento de algum “lua preta”, o mototaxi vai continuar nas esquinas, no shopping, na rodoviária, enfim nos locais de grande aglomeração, sem qualquer regra.

Quem perdeu não foram eles, mas os taxistas – agora serão muito mais prejudicados -, o prefeito Roberto Sobrinho, o vereador Marcelo Reis, talvez, tenha sepultado sua carreira política, e, finalmente, o presidente da CUT, que envergonhou o papel que lhe foi conferido e que até hoje estava exercendo tão bem.

Silvana fora

A ex-vereadora Silvana Davis deixou o PSL. Busca entendimentos com o PSDB para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Diz ela que já contribuiu com sua parte com o crescimento da legenda socialista, mas precisa buscar espaço para conquistar a tão sonhada vaga no Congresso Nacional.

Fogo amigo

A licitação da Assembléia Legislativa de Rondônia, marcada para o dia 18, foi cancelada. Os procuradores resolveram buscar apoio do Tribunal de Contas para não haver questionamentos posteriores. Na realidade, a Mesa Diretora está preocupada com as ameaças do deputado estadual Miguel Sena (PV-Guajará-Mirim), que, agora, resolveu brigar com Tribunal de Justiça e o Ministério Público.

Agora é governador

Ex-deputado Daniel Pereira (PC do B) colocou seu nome a disposição dos vermelhinhos para disputar o Palácio Presidente Vargas. Se não for possível, ele vai auxiliar a colega de sindicato, Maria Aparecida (Pimenta Bueno), na futura campanha para Câmara dos Deputados. Daniel já foi deputado estadual, muito atuante pelo PT, e primeiro suplente de deputado federal pela mesma legenda. Hoje, milita no Sindsef com a mesma competência.

Hora das contas

Há mais de 1 ano para as eleições, políticos com e sem mandato começam a fazer as contas. Representantes dos partidos ligados ao Palácio Presidente Vargas garantem fazer pelo menos 5 deputados federais e apostam que o PT faz apenas 1. As outras duas vagas ficariam com o PMDB. Para o Senado, Fátima Cleide aparece bem colocada, segundo algumas aferições extra oficiais, mas Cassol continua na dianteira junto com o senador Valdir Raupp.

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