MP REAFIRMA QUE VEREADORES DE PORTO VELHO FORMARAM QUADRILHA COM "BETO BABA" E "FERNANDO DA GATA"; CONFIRA
Em alegações finais na Ação Penal impetrada após Operação Apocalipse, o Ministério Público reafirmou nesta sexta-feira praticamente todas as acusações contra cerca de 50 pessoas, envolvidas em delitos de associação para o tráfico de drogas, estelionato, formação de quadrilha, violações de sigilo funcional, além de financiamentos irregulares de campanhas políticas. Após o regular processo, os promotores Jesualdo E. Leiva de Faria e Tiago Cadore decidiram manter as denúncias contra quatro vereadores de Porto Velho: FRANCISCO DE ASSIS DO CARMO DOS ANJOS, o “Cabo Anjos”, DELSO MOREIRA JÚNIOR, o “Pastor Delso”, MARCELO REIS LOUZEIRO e JAIR DE FIGUEIREDO MONTE, este último apontado como um dos líderes da organização, juntamente com Alberto Ferreira Siqueira, o "Beto Baba" e Fernando Braga Serrão, o "Fernando da Gata".
Núcleo político
“Beto Baba” e “Fernando da Gata” também negaram participação na associação para o tráfico dizendo que sequer eram usuários. “Fernando da Gata “ e Jair Monte foram flagrados em conversas utilizando frases, que para a Polícia soaram como códigos. Certa vez por exemplo, o vereador falou em encomendas que iria buscar na casa de “Fernando da Gata”. Os dois se defenderam dizendo que falavam de uma campanha do PT que estavam apoiando. Além da ex-esposa de Jair Monte, a irmã da deputada “Ana da 8”, Luciana Dermani Aguiar foi outra a fazer acusações de envolvimento com drogas. No entanto, não houve prova material.
Núcleo político
Além de Jair Monte, que aparece como líder da suposta quadrilha, outros três vereadores aparecem no esquema: FRANCISCO DE ASSIS DO CARMO DOS ANJOS, o “Cabo Anjos”, DELSO MOREIRA JÚNIOR, o “Pastor Delso” e MARCELO REIS LOUZEIRO.
Sobre “Cabos Anjos”, o MP é categórico: “Vendeu seu mandato ao crime” e aos líderes “Fernando da Gata” e “Beto Baba”. Ele assinou um documento garantindo nomear dois assessores indicados pela organização criminosa. “CABO ANJOS tem dupla responsabilidade de não se envolver com criminosos: a primeira por ser Policial Militar e a segunda por ser representante do povo no Legislativo Municipal. Mesmo assim, preferiu o caminho fácil do crime, o caminho fácil da venda do mandato eletivo e do loteamento do gabinete junto aos líderes da organização criminosa devendo, agora, assumir a responsabilidade de seus atos e ser punido criminalmente”, dizem os promotores.
“Delso Moreira” é outro que utiliza o mandato para o crime, atesta o MP. Como membro da organização criminosa estava pessoalmente empenhado “em obter a cassação do mandato da Deputada Ana da 8 como forma de conseguir a sua cadeira na Assembleia e passar a satisfazer os interesses do grupo ao qual se filiou em troca de benefícios financeiros e mesmo políticos”. Na defesa apresentada em juízo uma nova constatação de que abusa do cargo: diz que faz empréstimos da Câmara Municipal em uma prática condenável.
Marcelo Reis aparece também como integrante do grupo mas em menor grau. Nomeou a cunhada de “Fernando da Gata” para seu gabinete. O MP entende no entanto que isso configura sua participação na quadrilha. CONFIRA NA SEGUNDA-FEIRA A COBERTURA COMPLETA.
Veja Também
TRIBUNAL DE JUSTIÇA ANULA PROCESSO DA OPERAÇÃO APOCALIPSE
DEPUTADOS AFASTADOS POR ENVOLVIMENTO COM QUADRILHA DENUNCIADA PELO MP RETORNAM NO DIA 12
Presidente da Assembleia é o deputado mais atuante de 2024, revela pesquisa
Marcos Rogério: Condenados por homicídio e estupro não terão progressão de pena