Rondônia, 15 de novembro de 2024
Política

Novo desembargador é designado para atuar no processo da Operação Propagare; Jr Gonçalves está afastado há 24 dias

O desembargador Roosevelt Queiroz Costa é o novo relator do processo da segunda fase da Operação Propagare, realizada no último dia 14, e que resultou no afastamento do chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves. O magistrado anterior, Gilberto Barbosa declarou-se suspeito para atuar no caso.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual fez buscas e apreensão no escritório do advogado Nelson Canedo, suspeito de simular contratos de prestação de serviços de publicidade cujos pagamentos eram repassados ao seu cliente, Junior Gonçalves. O processo segue em sigilo, mas apurou-se que Gonçalves pediu a reforma da cautelar e a devolução de seu aparelho celular, recursos negados pelo Poder Judiciário. Seu afastamento segue por 180 dias.

Segundo as investigações, o MP identificou fortes indícios de “pagamentos de vantagens indevidas para o secretário-chefe da Casa Civil, por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado daquele, visando garantir a manutenção de contrato de prestação de serviços de publicidade no âmbito do executivo estadual”.

O relator segue explicando que após a deflagração da primeira fase da nominada operação, “os investigados romperam com o empresário detentor do então contrato de publicidade e passaram a articular e coordenar um processo de licitação direcionado para determinada empresa, restando apurado que o mesmo advogado que firmou o contrato simulado de serviços advocatícios acima identificado, passou a representar a referida empresa no certame, bem como restou identificado que servidores que compuseram a subcomissão técnica de julgamento das propostas técnicas certame possuem relações estreitas com a empresa e, inclusive, com o Secretário-chefe da Casa Civil”.

O contrato citado na Operação Propagare avaliado em pouco mais de R$ 24 milhões não foi paralisado no âmbito administrativo. O governador Marcos Rocha determinou seu seguimento natural, já que não havia determinação judicial para suspendê-lo, apenas fortes suspeitas e do Ministério Público. Entretanto, o Tribunal de Contas, visando a ordem legal, determinou que o Governo não fizesse a adjudicação do contrato, que está com todas as suas fases licitadas.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Presidente Marcelo Cruz anuncia abono de R$ 5 mil para servidores da Assembleia Legislativa

Mercado de Carbono: emenda de Marcos Rogério impede o confisco do PT aos produtores rurais

Comissão da Câmara dos Deputados aprova projeto de Thiago Flores para fortalecer controle sobre veículos envolvidos em crimes

Deputada Lebrinha pede agilidade na recuperação da RO-391 e DER garante início das obras