Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Política

OAB vê contrassenso na isenção de impostos às empresas construtoras das hidrelétricas

A concessão de isenção de impostos sobre circulação de mercadoria e serviço (ICMS) às empresas construtoras das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau e empresas relacionadas a elas não está muito claro para a população e o Governo do Estado precisa se explicar. A declaração é do presidente da Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil, advogado Hélio Vieira, para quem parece um contrassenso o Estado abrir mão de tamanho volume de receita (especialistas acreditam que a isenção pode alcançar o montante de 850 milhões de reais), no momento em que a sociedade espera mais compensações pelos impactos provocados com a construção das usinas.


O desejo inicial da seccional Rondônia da OAB é a de que o Governo do Estado esclareça melhor as circunstâncias que o levaram a conceder tamanha isenção. De acordo com Hélio Vieira, todo mundo sabe que as empresas que participam da construção e depois da operação comercial das hidrelétricas do Madeira entraram no negócio com projeção de altos lucros, sem a necessidade de isenção de impostos. “À primeira vista, a isenção de impostos é um bom negócio para esse grupo de empresários, mas com efeitos danosos ao desenvolvimento do estado e ao bem-estar de sua sociedade. Todos merecem uma explicação melhor sobre esse tema”, observa o representante da advocacia rondoniense.

No entendimento da Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia, ao invés de patrocinar a isenção de impostos a grandes empresas, a Assembléia Legislativa e Governo Estadual poderiam estar planejando investir esses valores na melhoria da educação - cujos professores lutam pela implantação do piso mínimo nacional -, da Saúde pública que é uma calamidade reconhecida pelo próprio Governo; e na segurança pública, outro setor que vive uma crise.

O desejo inicial da seccional Rondônia da OAB é a de que o Governo do Estado esclareça melhor as circunstâncias que o levaram a conceder tamanha isenção. De acordo com Hélio Vieira, todo mundo sabe que as empresas que participam da construção e depois da operação comercial das hidrelétricas do Madeira entraram no negócio com projeção de altos lucros, sem a necessidade de isenção de impostos. “À primeira vista, a isenção de impostos é um bom negócio para esse grupo de empresários, mas com efeitos danosos ao desenvolvimento do estado e ao bem-estar de sua sociedade. Todos merecem uma explicação melhor sobre esse tema”, observa o representante da advocacia rondoniense.

A diretoria da OAB Rondônia vai encaminhar expediente ao governador Confúcio Moura solicitando maiores esclarecimentos sobre o assunto e, se for o caso, franqueando a ele, uma exposição de motivo junto ao Conselho Estadual da Ordem para melhor esclarecimento da matéria.

SIGA-NOS NO

Veja Também

Carlos Magno preside comissão que fiscaliza renúncia de ICMS às Usinas do Madeira

PREFEITOS DE RONDÔNIA GARANTEM QUE NÃO ABREM MÃO DO ICMS DAS USINAS

Justiça garante isenção de ICMS a criança com deficiência

CONFÚCIO JÁ TEM AUTORIZAÇÃO PARA GARANTIR ISENÇÃO DE R$ 800 MILHÕES ÀS USINAS

Governador garante que não há renúncia fiscal para usinas

COM AVAL DA ASSEMBLÉIA, CONFÚCIO SANCIONA LEI QUE ISENTA ICMS DE CONSTRUTORAS DAS USINAS; EFEITOS SÃO RETROATIVOS A JANEIRO DE 2.008

MP ESTADUAL INGRESSA COM AÇÃO PARA SUSTAR LEI DE ISENÇÃO FISCAL

JUSTIÇA SUSPENSE ISENÇÃO DE ICMS PARA USINAS; CONFIRA ÍNTEGRA DA DECISÃO

Ministério Público de Contas: Ausência de interesse público é uma das afrontas

MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA IMPETRA ADIN CONTRA LEI DE ISENÇÃO DO ICMS

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DEFERE LIMINAR E DETERMINA SUSPENSÃO DA ISENÇÃO DE ICMS PARA USINAS DO MADEIRA