Obra de Jirau só trouxe prejuízo até agora para Jaci-Paraná, atesta comunidade
Do representante dos produtores rurais ao administrador do distrito, o pensamento é único: as obras da Usina de Jirau só trouxeram prejuízos até agora para Jaci-Paraná, localizado a 90 quilômetros de Porto Velho. A população aumentou sensivelmente e não há estrutura para receber essas novas famílias, a maioria formada por trabalhadores da segunda hidrelétrica do Madeira. O único médico do hospital local atende 100 pessoas por dia. As duas escolas (um do estado e outra do município) não tem condições de atender todos os alunos. Numa única sala, segundo o vereador Marcelo Reis, há 50 estudantes.
A constatação dos problemas de Jaci-Paraná foi feita durante sessão itinerante da Câmara de Vereadores de Porto Velho realizada a pedido do vereador Jurandir Bengala (PT). Somente o vereador Wildes de Brito (PT) não compareceu ao evento. E o consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pela Usina de Jirau, não enviou um único representante para falar sobre as compensações pela obra. Por outro lado, a empresa Camargo e Correia, através do gerente, Neudo Inocente, diz que não tem culpa dos problemas de Jaci porque é apenas uma contratada do consórcio vencedor da obra.
Infra-estrutura
Presente a audiência, o vereador Marcelo Reis (PV) constatou pessoalmente a superlotação do hospital, a falta de pessoal para Polícia Militar, escola com problemas de vagas, entre outras preocupações da comunidade. Para ele, é necessário construir um novo hospital, mais salas de aula e que o Governo encaminhe policiais civis para o distrito. Até as ocorrências precisam ser feitas em Porto Velho porque não um único posto da Polícia Civil.
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