Operação da PF investiga governador da Bahia, ex-ministro das Cidades e OAS
Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados da Operação Hidra de Lerna na sede estadual do PT em Salvador, nas empresas de publicidade Propeg e na construtora OAS, também investigada na Lava Jato. Entre os investigados da operação está o governador da Bahia, Rui Costa (PT), suspeito de ter recebido financiamento ilegal na campanha que disputou para o cargo em 2014. Outro investigado é o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, cuja residência também foi alvo de buscas da PF, no bairro Itaigara.
De acordo com a PF, o nome da operação Hidra de Lerna é uma referência à figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada, ressurgiu com duas cabeças. A investigação é fruto de três colaborações da Operação Acrônimo, e exige a abertura de dois inquéritos, pelo STJ.
O operação investiga um grupo criminoso suspeito de prática de financiamento ilegal de campanhas e fraudes em licitações e contratos do Ministério das Cidades. Segundo a PF, a construtora OAS contratava empresas do ramo de comunicação, como a Propeg, para elaborar campanhas para o ramo da construção civil. No entanto, as empresas faziam campanhas para partidos políticos. Outra linha de investigação apura fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
De acordo com a PF, o nome da operação Hidra de Lerna é uma referência à figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada, ressurgiu com duas cabeças. A investigação é fruto de três colaborações da Operação Acrônimo, e exige a abertura de dois inquéritos, pelo STJ.
Defesa
O advogado de Negromonte, Carlos Fauaze, confirmou a presença da polícia na casa do ex-ministro, mas disse que não irá se manifestar sobre o assunto até ter acesso aos autos da operação. O advogado afirmou que a PF levou dois aparelhos de celular da casa de Negromonte, mas nenhum documento porque os agentes não julgaram importantes para a investigação.
Em nota, a Propeg, empresa de comunicação, confirmou que as buscas foram feitas nos escritórios da empresa - em Brasília e Salvador e nas residências de executivos da companhia. A empresa disse que auxilia as investigações desde junho deste ano e nega que os fatos apurados tenham qualquer ligação com o PT, o governo da Bahia e com a empresa OAS.
O diretório do PT na Bahia informou que vai divulgar ainda hoje (4) nota a respeito do assunto. A reportagem entrou em contato com a assessoria do governador Rui Costa, mas as ligações não foram atentidas.
A reportagem entrou em contato com a OAS, por e-mail, e aguarda retorno.
Em nota, o Ministério das Cidades diz que não recebeu, na manhã desta terça-feira, nenhuma notificação sobre a operação da PF envolvendo recursos da pasta. O ministério informa ainda que, em poder das informações, terá condições de avaliar do que se trata e capacidade de instaurar, imediatamente, processos administrativos disciplinares para investigar a denúncia. O órgão ressalta a disponibilidade em colaborar com todas as informações necessárias para garantir eficiência e transparência na aplicação dos recursos citados.
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