Pimentel quer aproveitar PMs com Bico Legal, criar subprefeituras e defende 5º BEC em viadutos
O ex-secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, oficializou na última sexta-feira, 3, sua pré-candidatura a prefeito de Porto Velho pelo PMDB, convocando a militância do partido à luta pela defesa intransigente do município, hoje com a imagem arranhada pelas obras inacabadas, a exemplo dos viadutos. Pimentel recebeu a equipe do RONDONIAGORA e respondeu alguns questionamentos.
Rondoniagora - O alinhamento entre PT municipal e federal ajudou Porto Velho, mas esbarrou na falta de gestão local? O que fazer para não repetir os mesmos erros, no caso do PMDB eleger o prefeito?
Pimentel – Eu entendo que sim. É só observar a quantidade de recursos até porque Porto Velho cedeu seus mananciais de riqueza hídricas para resolver os problemas de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para onde vão 75% da energia produzida pelas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Houve a compensação financeira, mas entendo que o PT poderia ter potencializado a condição de vida da cidade um pouco mais elevada, um pouco melhor. A gente nota que infelizmente há bolsões de falta de infraestrutura e condições melhores de vida, o que nos deixa perplexo.
Rondoniagora – Faltou a visão de um administrador?
Pimentel – Falta uma equipe voltada para uma linha estratégica de competência, unidade, liderança com objetivos pontuais. A prefeitura não pode ter foco na centralização. A prefeitura precisa descentralizar suas ações. A coletividade tem que participar do processo. Eu defendo a divisão do município em subprefeituras na zona leste, zona sul, zona oeste e região central de Porto Velho. Todas com estrutura de patrol, caçamba e pá carregadeira para desenvolver as ações de limpeza, desobstrução de bueiros e manutenção de nossas vias públicas e canteiros. E digo mais é preciso fazer o que for possível no inverno e não deixar o serviço acumulado para época do verão.
Rondoniagora – O Governo Confúcio Moura acabou com a vigilância nas escolas, economizando mais de R$ 52 milhões por ano. Não seria o caso da prefeitura cortar esse gasto e criar uma Guarda Municipal?
Pimentel – Aí que está o problema. A Guarda Municipal acarreta em contratação de pessoal que impacta na Lei de Responsabilidade Fiscal. O que vamos fazer para melhorar a segurança pública de nossa capital é criar o Bico Legal. O projeto já existe em São Paulo e basicamente aproveita os policiais militares de folga para trabalhar para a prefeitura, legalizando a situação de muitos que ficam em portas de boutique, restaurantes e lojas de forma ilegal. Em Porto Velho, aumentaram os casos de roubo seguido de morte. O bandido rouba e depois mata. Precisamos proteger nosso cidadão. E de onde virá o dinheiro? O IPVA dos veículos de Porto Velho gera uma receita de R$ 260 milhões por ano, R$ 4 milhões são suficientes para pagar essa despesa.
Rondoniagora – As alagações continuam causando grandes problemas para a cidade, o que fazer?
Pimentel – Nós vamos ter que fazer estudos mapeando as áreas de Porto Velho. O que precisa ser feito é a drenagem inclusive vamos contar com o apoio das subprefeituras. A Caerd está fazendo as obras de água e esgoto, mas devido a problemas de licitação no governo passado o recurso não será suficiente para cobrir 100% da cidade. Nós vamos pegar os royalties e levamos como garantia para tomar financiamento do BNDES para cobrir 100% de Porto Velho de água tratada e esgotamento sanitário.
Rondoniagora – E a novela dos viadutos?
Pimentel – Não cabe mais contratar empresa privada para concluir essa obra. Precisamos de uma contratação direta com o 5º BEC, um órgão com início, meio e fim. Acima de tudo, nós precisamos ter uma postura de defesa de nossa cidade. Os viadutos estão denegrindo a imagem dos governos municipal, estadual e federal. Não se admite construir uma ponte sobre o rio Madeira sobre o Abunã e outra ponte ligando Guajará-Mirim e Bolívia e não concluir esses viadutos. Nós precisamos ter uma defesa intransigente da nossa capital. Não podemos admitir que o silêncio, a resignação e o aceite acabe calando a nossa voz e a luta por melhores condições da cidade.
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