Pirarucu ameaça Rio Guaporé; deputada Lebrinha sugere manejo sustentável
O maior peixe de escamas de água doce do mundo, o pirarucu, apesar de ser nativo da bacia Amazônica, não é encontrado em todos os rios da região. E em Rondônia, a espécie que era nativa apenas nas proximidades da capital, Porto Velho, nos últimos anos, tem se espalhado pela bacia do rio Guaporé, ameaçando peixes nativos que regulam a cadeia biológica do Vale do Guaporé.
O manejo sustentável é uma das possíveis soluções apresentadas para o controle da invasão da espécie, e foi tema de uma agenda técnica na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em Brasília, nesta terça-feira (26), com a participação da deputada estadual Gislaine Lebrinha (UNIÃO), vereadores dos municípios da região, a coordenadora-geral do órgão, Raquel Sabini e a coordenadora de gestão substituta, Juliana Oliveira. A agenda foi construída pelo deputado federal Lebrão, atendendo reivindicação de membros de colônias de pescadores e gestores municipais da pasta de meio ambiente.
De acordo com a deputada, além da ameaça ambiental, não pode ser desconsiderado o impacto social e econômico para as comunidades tradicionais e pescadores profissionais. “A pesca é uma das principais fontes de renda e sustento de muitas comunidades do Vale do Guaporé. Uma política de controle vai contribuir, não apenas para evitar a extinção de peixes nativos, mas também, para promover renda, uma vez que será possível, de forma organizada e sustentável, inserir as comunidades nesse contexto”, defendeu.
Como resultado do encontro, técnicos do IBAMA se manifestaram interessados na reivindicação da deputada e enfatizaram a importância de uma atuação conjunta com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Meio Ambiente (SEDAM), Polícia Ambiental e demais interessados. A deputada se comprometeu em mobilizar todos os agentes necessários, para que seja elaborado um plano de ação, com regulamentação específica e medidas de monitoramento.
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