Políticos em pé de guerra em Cacoal; DEM e PSL formam novo partido e Marcos Rogério terá autonomia em Rondônia
A guerra declarada entre o vereador de Cacoal, Paulo Henrique (PTB), e o prefeito Adailton Fúria (PSD) ganhou ares de trama mexicana com ingredientes de intriga, traição e mentiras. O último capítulo foi protagonizado nesta segunda-feira quando o vereador pediu explicações ao chefe do Executivo porque sua esposa, Juliana Tamires, era lotada no gabinete do deputado federal Expedito Netto (PSD), recebendo pouco mais de R$ 13 mil, quando exercia o mandato de deputado na Assembleia Legislativa de Rondônia. No mínimo, ficou a desconfiança de que Juliana era fantasma ou existia uma espécie de nepotismo cruzado entre os parlamentares do PSD. A mesma Juliana Tamires, segundo o vereador, recebeu os ingressos de um evento de carros em uma chácara do prefeito, onde teriam sido usados veículos oficiais, inclusive para levar um dos participantes ferido ao hospital.
A briga entre Fúria e o vereador Paulo Henrique começou por causa de uma denúncia de uns rejeitos doados ao município mas levados em carros oficiais até o sítio do prefeito. Fúria negou o caso e disse que o vereador estava atrás de cargos e que era um dos agenciadores da quadrilha que tentou passar a perna em vários prefeitos do Brasil na venda de vacinas inexistentes da AstraZeneca. Indignado, o vereador registrou uma ocorrência e pretende mover ações cíveis e criminais contra o prefeito, já que ele teria provas em seu telefone de troca de mensagens sobre o assunto, mas nunca sugerindo ou pedindo algo para beneficiar empresas ou grupos.
Na esteira das acusações de ambos os lados, sobrou até para o Cabo Eliel. Ele mantém um programa na web trazendo notícias de Cacoal e região, e foi denunciado pelo vereador por ser aliado do prefeito. Na briga entre os dois jovens políticos, Paulo Henrique é advogado e está no primeiro mandato, e Fúria teve uma ascensão meteórica na política da região, elegendo-se deputado estadual e agora prefeito, derrotando velhas lideranças locais, quem perde é a população, que fica assistindo a uma guerra interminável cujos resultados só veremos mesmo nos tribunais.
Marcos Rogério domina o novo partido DEM/PSL
Até a próxima quinta-feira, quando estiverem concluídas as pesquisas internas, o futuro partido criado a partir da fusão do DEM e PSL terá um nome e um novo número. A potente legenda, segundo o democrata ACM Neto, terá candidatura própria do “centro” à presidência da República, embora não existam resistências aqueles que queiram apoiar o atual presidente. Em Rondônia, o governador Marcos Rocha adiantou-se ao processo e voltou ao PSL, nomeado presidente da legenda, fato comemorado até por ex-adversários, a exemplo do deputado estadual Eyder Brasil. Na verdade, o senador Marcos Rogério é quem terá a prerrogativa da executiva nacional em comandar os destinos do novo partido no Estado. O parlamentar disse que no “momento certo” haverá as conversas com os filiados regionais, mas já deixou claro que seu projeto é o Palácio Rio Madeira e quem não quiser somar, será convidado a se retirar da nova sigla. Ou Marcos Rocha desiste da candidatura ou procura outro partido para abrigar seu grupo político. O Patriotas está de braços abertos.
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