Prefeito discute crise com assessores e advogados e cita apoio da CGM nas investigações

O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, está reunido desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 29, com secretários, procuradores, controladores e advogados acompanhando o desenrolar da Operação Ciranda e reunindo informações para apresentar a defesa de sua gestão. O processo de transporte escolar, alvo das investigações da Controladoria Geral da União (CGU), foi iniciado na gestão do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB) e teve continuidade na gestão Hildon para evitar transtornos aos alunos da zona rural e Baixo Madeira, mas os documentos exigidos pela CGU estavam sendo providenciados pela Controladoria Geral do Município (CGM) e um novo certame licitatório está em andamento.
O advogado do prefeito, Nelson Canedo, rechaçou falsas notícias espalhadas por adversários nas redes sociais e até em sites jornalísticos sobre uma condução coercitiva de Hildon Chaves. “Estamos reunidos no apartamento do prefeito discutindo essa crise”, disse Canedo. O prefeito lamenta o ocorrido, já que sua equipe estava ajudando a CGU nas investigações deflagradas nesse processo, iniciado na gestão do ex-prefeito Mauro Nazif.
Ainda sobre a Operação Ciranda, o delegado responsável pediu e o prefeito colocou a disposição o sistema de TI do Município para facilitar a coleta de informações.
Processo
Alvo da Operação Ciranda, realizada pela Polícia Federal nesta terça-feira, o contrato 022/2014/PGM (Processo nº: 09.00010/2013) teve como vencedora a empresa Flecha Transportes e Turismo Ltda e foi homologado na gestão do ex-prefeito Mauro Nazif (PSB) pelo então secretário da administração, Mário Jorge de Medeiros, com valor original da ordem de R$ 5.928.000,00 (cinco milhões novecentos e vinte e oito mil reais ) para locação de embarcações tipo voadeira destinada ao transporte escolar.
Durante a operação, a sede da Flecha sofreu devassa nesta terça-feira.
Segundo apurou o RONDONIAGORA, a Flecha criou problemas desde o início da licitação, alegando irregularidades, algumas constatadas pela própria Prefeitura.
No final do ano passado, a Controladoria Geral da União (CGU) fez alerta e determinou que a Prefeitura de Porto Velho montasse comissão para averiguar possível superfaturamento no valor e pediu para que a atual administração se posicionasse em 180 dias sobre o que teria descoberto. A comissão foi instaurada há cerca de 60 dias e ainda colhia subsídios e mesmo assim já trabalhava internamente para a realização de um novo procedimento licitatório para o transporte escolar e não podia determinar a paralisação dos serviços.
Sobre a operação nesta terça-feira, a Prefeitura explicou que está repassando as informações necessárias para as autoridades, informando ainda que já havia respondido a CGU, detalhando que estava apurando o contrato, mas ainda não havia conclusão.
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