Prefeitura de Porto Velho tem mais de mil servidores com atestado para não trabalhar
Há casos de professores doentes para escolas municipais, mas que trabalham normalmente para o Estado
Dos quase 13 mil servidores da prefeitura de Porto Velho, 1.080 estão afastados alegando problemas de saúde. Essa é apenas uma das várias distorções informadas ao prefeito Hildon Chaves, na primeira reunião geral de seu secretariado, ocorrida na noite de quinta-feira (26) na sala de reuniões do gabinete. “Isso é um absurdo, é quase 10% do total de servidores, algo fora de qualquer parâmetro de responsabilidade”, espantou-se o prefeito.
Para verificar a veracidade dos casos, o prefeito determinou ao secretário municipal da Administração, Alexey Oliveira e ao presidente do Instituto de Previdência e Assistência Médica dos Servidores (Ipam), João Bosco Costa, que façam uma revisão de todos os casos de afastamento por licença médica. Há casos na pasta da Educação, por exemplo, em que professores estão com problemas de saúde para dar aulas nas escolas municipais, mas não estão doentes para cumprir horários em escolas estaduais e particulares.
“Vamos verificar. Eventuais fraudes que encontrarmos vamos encaminhar ao Ministério Público. Há casos que podem ser enquadrados como improbidade administrativa”, observou Hildon.
Outros problemas, como dívidas, principalmente as que se transformaram em precatórios também ocuparam boa parte de tempo da reunião. “É muito difícil para nós resgatarmos em quatro anos décadas de atraso e abandono”, emendou o prefeito Hildon lembrou o delicado momento econômico no panorama nacional e citou o alarmante dado de que um, a cada oito municípios brasileiros, está em calamidade financeira.
No geral o prefeito fez uma avaliação positiva dos primeiros 26 dias de gestão. “O que a população está vendo por meio das ações externas, como limpezas, mutirões, etc, está aprovando. Nosso trabalho não é peça de ficção. Vamos aumentar ainda mais o ritmo. Estamos bem avaliados neste momento, porém o grande resultado aparecerá depois que fizermos os ajustes internos necessários”, conclamou Hildon.
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