Situação da Reserva Chico Mendes é prova de que o atual modelo de preservação tem levado famílias à miséria, diz Bagattoli

Após ouvir órgãos e entidades ligadas à causa ambiental, a CPI das ONGs resolveu ir ao Estado do Acre para uma diligência na Reserva Extrativista Chico Mendes, administrada pelo ICMBio.Quatro senadores, integrantes da comissão, visitaram pessoalmente a reserva e ouviram as demandas dos moradores e famílias. .

Vice-presidente da CPI das ONGs, o senador Jaime Bagattoli (PL) descreveu o objetivo da visita e as condições de vida dos moradores da reserva.

 “Precisamos deixar claro que não queremos a extinção da Reserva Chico Mendes, pelo contrário, nós lutamos para que ela e outras reservas sejam mantidas e sejam ferramentas para a geração de renda a quem vive dentro dela. Porém, o cenário que vimos é revoltante. Moradores sem acesso à energia elétrica e internet e com o direito de ir e vir comprometido pelas péssimas condições dos ramais. Ficou claro que a situação da Reserva Chico Mendes é a prova de que o atual modelo de preservação tem levado famílias à miséria”, descreveu o parlamentar.

A vista dos senadores acontece após denúncias enviadas por lideranças da reserva ao colegiado. Os moradores afirmam que o cenário de abandono persiste há mais de 10 anos. A Reserva é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de ter a atuação de ONGs ambientais.

Além de Jaime Bagattoli, participaram da visita o senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI; o senador Márcio Bittar (União-AC), relator da comissão; e o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), membro do colegiado.