Rondônia, 14 de outubro de 2024
Política

Um discurso político chamado TRANSPOSIÇÃO

País do futebol, o Brasil aguarda com expectativa o início da Copa do Mundo, mas outro evento não pode passar despercebido, sob pena de passarmos 4 anos no limbo. A população escolhe em outubro os futuros representantes para o Governo de Rondônia, Assembléia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado e Presidência da República. Dito isso, necessário se faz um abordagem sobre um assunto peculiar para o funcionalismo público rondoniense: a Emenda da Transposição, norma constitucional aprovada no Senado e Câmara, mas sem efeitos práticos para o trabalhador, usada por alguns políticos interessados em escamotear a verdade em busca de prestígio junto ao eleitorado.

O leitor comum não deve saber, mas aconteceu uma reunião na tarde de quarta-feira com parte da bancada de deputados federais e senadores rondonienses (todos foram convidados) e sindicalistas para tratar da regulamentação da Emenda da Transposição. Dois caminhos foram encontrados para transferir milhares de servidores para os quadros da União com salário bem maior. Ou o presidente Lula assina Medida Provisória com efeito imediato ou se propõe uma Lei Complementar, obrigada a passar pelo crivo dos 513 deputados federais e 81 senadores. Falou-se muito, nada foi resolvido. A senadora Fátima Cleide (PT-RO), dita “mãe” da PEC e que espalha em Rondônia é “amiga pessoal” do presidente da República, alegou compromissos inadiáveis e abandonou a reunião. Pior, o deputado Anselmo de Jesus (PT-RO) e o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) faltaram ao encontro, mostrando completo desrespeito com os presidentes dos sindicatos, que às duras penas pagaram passagens de R$ 2.600,00 para voar até Brasília conversar com os membros da nossa nobre bancada.

Coordenador da bancada, Eduardo Valverde, o arauto da moralidade petista, foi cobrado pelos sindicalistas o porquê não articulou junto ao Palácio do Planalto a Medida Provisória com efeito imediato da transposição. Valverde não quis se pronunciar, mas a verdade está muito clara. Não há interesse do Governo Federal em absorver mais esse fardo com gastos para o Tesouro Nacional. Rondônia não é considerado um grande colégio eleitoral e, portanto, passa longe dos olhos do PT nacional, interessado a todo custo manter o poder. Portanto, leitor, a grande verdade é essa. Infelizmente, a União, assoberbada com o inchaço de servidos comissionados e as despesas da República, não tem como suportar a transposição dos servidores rondonienses. Tão cedo não sai, a não ser que haja um milagre com a varinha de condão da senhora Dilma Roussseff.

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