Vereador Bengala faz ataques descabidos ao RONDONIAGORA após publicação do filho preso com arma
Quando não se pode desmentir a notícia pela sua veracidade comprovada, os interessados se ocupam em desqualificar o autor responsável por colher, checar e divulgar as informações. Foi assim que agiu o vereador Jurandir Bengala, o “coronel” de Jaci-Paraná, ao fazer denuncismo barato e sorrateiro no palco da Câmara de Porto Velho, onde deveria estar brigando para defender os interesses da sociedade e não seus próprios e de seus agregados e familiares.
Na última quinta-feira, 17, o filho do vereador, Júnior Ivan Silva de Oliveira, foi preso em flagrante pela Delegacia Especializada de Repressão de Furtos e Roubos de Veículos por porte ilegal de arma de fogo. O cidadão foi alvo de denúncia anônima e a Polícia Civil o prendeu carregando na cintura uma pistola Taurus .380 municiada. De pronto, o rapaz admitiu que não tinha porte e nem registro da arma. O fato aconteceu na Zona Sul de Porto Velho. (https://www.rondoniagora.com/policia/policia-prende-filho-de-vereador-com-arma-na-capital).
Injuriado, seu pai usou a tribuna da Câmara para atacar os jornalistas e fundadores do Rondoniagora tentando justificar o fato do porquê apenas o jornal teve a coragem de revelar ao público a conduta criminosa de seu filho. Acusou a secretária de Esporte de Porto Velho, Ivonete Gomes, de estar tentando prejudicá-lo politicamente, segundo ele, ao “desclassificar” o time feminino de Jaci-Paraná no 28º Interdistrital ocorrido naquele distrito. Ivonete Gomes, fundadora do jornal, não atua no Rondoniagora desde 2017 quando assumiu a pasta a pedido prefeito Hildon Chaves.
Ouvido pela reportagem, o Departamento de Esporte e Lazer da Semes (DEL), dirigido pelo professor e servidor estatutário Vanderlei Trindade, enviou nota explicando que todas as regras do Interdistrital são definidas em congresso técnico, ou seja, com a participação de todos os envolvidos. O time feminino de Jaci-Paraná foi denunciado pela equipe de Nova Mutum, que descobriu e comprovou que na equipe de Jaci haviam duas jogadoras inscritas irregularmente, infringindo o Capítulo: II Inscrições, Art. 3.2, parágrafo 01 – “Dos 18 atletas inscritos, 15 (ou mais) serão da localidade e poderão ser “convidados” até 03 atletas de fora dos distritos (Porto Velho ou outro município, podendo ser profissionais).
Diante da representação de Nova Mutum, a Comissão Disciplinar, ligada a Comissão Central Organizadora (CCO), formada por profissionais de Educação Física, em sua maioria servidores de carreira do município de Porto Velho, com vasta experiência e serviços prestados à comunidade desportiva, analisou as provas apresentadas e decidiu pela punição prevista em regulamento, retirando os pontos da equipe feminina de Jaci-Paraná, não desclassificando como afirmou levianamente o vereador Bengala. “É importante afirmar e deixar esclarecido que a equipe, além de não ter sido desclassificada, também não foi eliminada, podendo participar do Interdistrital 2020”, informou o professor Silvio Ricardo, membro da Comissão Disciplinar.
No segundo momento, o próprio Bengala e o administrador José da Conceição Silva (Sarney), indicado pelo vereador, fizeram confusão no alojamento dos atletas, onde a Semes mantinha sede do CCO, exigindo a desclassificação do time masculino de Extrema (que sagrou-se campeão do torneio) porque uma certa jogadora de Nova Califórnia teria visitado os aposentos dos jogadores. A atleta foi punida porque comprovou-se que ela entrou na área de dormitório às 7 horas da manhã para buscar um celular (local inadequado de acordo com o regulamento), mas Extrema prosseguiu na competição porque não houve provas da conjunção carnal entre ela e os jogadores, como havia denunciado a equipe de Jaci.
A Comissão Disciplinar do Interdistrital também informou que a mesma punição aplicada à equipe de Jaci-Paraná foi sofrida pela delegação feminina de Vista Alegre do Abunã, comprovando que os servidores da Semes atuam de forma transparente, imparcial e de acordo com o regulamento geral da competição, não se intimidando com pressões políticas que visam manchar a integridade do maior evento desportivo das comunidades ribeirinhas e BR-364.
Por fim, ao invés de proteger o filho, Bengala deveria explicar alguns fatos a sociedade. Como se gasta 1.750 litros de gasolina por mês pagos com verba indenizatória da Câmara de Vereadores? Esse combustível dá para rodar cerca 15.750 quilômetros. Levando em consideração que Bengala viaja todos os dias, de segunda à sexta para Jaci, daria para fazer o trajeto 4 vezes no mesmo mês. Mas enfim, o dispositivo é legal, porém sem a devida fiscalização dos órgãos sérios de controle, fica difícil acreditar na veracidade de tais informações explicitadas no portal de transparência da Câmara. Bengala também poderia explicar com detalhes qual o objetivo do projeto SÍNDROME DE DIÓGENES e qual sua aplicabilidade à população de Jaci-Paraná, seu reduto eleitoral.
Esta foi a segunda vez que vereador usou a tribuna da Câmara de Vereadores e sua influência com demais membros do Legislativo para atacar e perseguir a secretária de Esporte, Ivonete Gomes. Há pouco menos de dois meses, Bengala tentou retirar a sede do Interdistrital da Vila de São Sebastião e chegou a levar oito vereadores com ele ao gabinete do prefeito para exigir a exoneração da secretária. Na verdade, Jurandir Bengala, estava chantageando o Executivo para manter uma agregada na Semes que não estava desenvolvendo as atividades de forma satisfatória.
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