Vereador responsabiliza auditor pelo parecer autorizando contratação de shows

Para o vereador Jair Montes (PTC), o grande responsável por qualquer problema ocorrido nos shows do cantor Alceu Valença e da banda Cidade Negra na abertura do “Circuito Junino 2015” é o auditor Júlio César Brito de Lima, lotado na Controladoria Geral do Município (CGM). O servidor, concursado há 3 anos, emitiu o parecer técnico garantindo segurança jurídica para a realização dos dois eventos. Somente após o entendimento do auditor, é que os gestores da Funcultural (Fundação Cultura de Porto Velho) e Semas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) autorizaram a contratação das despesas com os shows. “Não entendo o porquê ele deu um parecer autorizando a contratação e no momento do pagamento decidiu mudar a opinião dizendo haver problemas com os gastos”, disse Jair Montes, entendendo que o auditor deve enfrentar um processo administrativo por não ter emitido um parecer definitivo logo na fase inicial do processo.
O auditor Julio Cesar alegou que não teve tempo para analisar o pedido de contratação dos artistas. Mas ele usou apenas 1 dos 4 dias disponíveis para fazer formar um juízo sobre o assunto. “Não passa de desculpa dizer que não teve tempo ou estava sob pressão”, refutou o líder do prefeito na Câmara. Na verdade, para Jair Montes, o auditor sucumbiu ao espetáculo montado pelos vereadores que fazem oposição ao prefeito Mauro Nazif municiando a CPI dos Shows.
Jair Montes acredita que alguns colegas já armaram seus palanques para as próximas eleições e querem ofuscar as dezenas de obras que estão sendo realizadas nos bairros da Capital. “São serviços de qualidade com drenagem, asfalto e calçamento”, afirmou o vereador, apontando para o Bairro Flodoaldo Pontes Pinto que está com toda drenagem pronta e o embelezamento da Avenida Cahula com o calçamento e ciclovia.

Episódio lamentável

O vereador Jair Montes também considerou lamentável o episódio da ida do prefeito Mauro Nazif para depor na Polícia Federal. Além de não haver necessidade, ele lembra que o foco principal da operação era desvio de recursos do BNDES perpetrado por servidores públicos do Governo de Rondônia. “Não entendi a relação dos shows e a contratação de uma certa associação com os desvios do BNDES”, arrematou. Para ele, os verdadeiros alvos da operação saíram praticamente ilesos na mídia por causa do triste episódio envolvido o prefeito.