Rondônia, 20 de setembro de 2024
Política

Vilhena terá indústria de Etanol, anuncia prefeito


A convite do prefeito Marlon Donadon (PMDB), técnicos do governo federal virão a Vilhena dar início a estudos visando a implantação de uma indústria de etanol a partir da batata-doce. O projeto tem apoio do governo federal porque prioriza a produção em pequenas propriedades rurais descentralizando riqueza, ao contrário do que ocorre com a cana-de-açúcar.
O prefeito vilhenense pretende implantar o projeto em Vilhena para servir com alternativa econômica aos milhares de pequenos produtores rurais do município, além de alavancar o setor industrial. Trata-se de um projeto pioneiro na região. O financiamento para a destilaria é do governo federal a fundo perdido. "Vamos iniciar estudos para implantar uma usina municipal de etanol de batata-doce que irá dará uma excelente alternativa ao setor rural, ao mesmo tempo em que vai gerar empregos e renda para Vilhena", disse o prefeito.
A Embrapa Hortaliças, já realizou estudos com a batata-doce. Os estudos também foram concluídos pela Fundação Universidade Federal do Tocantins (Unitis), visando a produção de etanol a partir do amido da batata-doce. No Paraná, estudos foram realizados pelo Centro Paranaense de Referência em Agro ecologia (CPRA) e Bioex Etanol, entre outros órgãos. Em São Paulo, a CereAlcool também fez estudos sobre a destilação de etanol da batata. A conclusão é de que a batata-doce possui maior teor alcoólico que a cana-de-açúcar, que tem no vinhoto um resíduo poluente em potencial se não for corretamente utilizado na adubação. Já o resíduo da batata é usado na ração animal com 17% de proteína e bastante digestivo. Outro apontamento da pesquisa é de que da batata-doce pode se extrair um álcool fino (que a cana não produz), muito utilizado nas indústrias farmacêutica e cosmética.
Um detalhe importante é que a cultura da batata-doce tem o perfil da agricultura familiar, já que pode ser cultivada em pequenas propriedades rurais. Vilhena tem mais de quatro mil pequenas propriedades rurais com extensão de um a quatro hectares, além de outras centenas com média de 20 hectares. "Ao contrário da cana-de-açúcar, que necessita de grandes áreas, centraliza riqueza nas mão de poucos proprietários, a cultura da batata-doce descentraliza riqueza porque utiliza a mão-de-obra familiar em pequenas propriedades", disse o prefeito Marlon.
No ano passado prefeitos do Mato Grosso estiveram em Brasília para conhecer a tecnologia na Embrapa Hortaliças. No Paraná o assunto foi tema de debate nas comissões de Agricultura, Meio-Ambiente, Comércio e Turismo da Assembléia Legislativa em maio passado. Empresários paranaenses viabilizam com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a implantação de usinas de batata-doce em Araguaína, Pium e Porto Nacional, no Estado de Tocantins. O prefeito Marlon Donadon trabalha para que Vilhena seja a pioneira na região na implantação de uma destilaria de etanol da hortaliça. "É um projeto prioritário, de grande alcance social e de grande viabilidade econômica", encerrou.

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