Rondônia, 23 de novembro de 2024
Revista

Renovação do parque cafeeiro promove transformação no campo

Com aproximadamente 22 mil famílias trabalhando com cafeicultura, Rondônia é hoje o quinto maior produtor de café do Brasil e o segundo maior produtor de robusta. Com a expectativa de faturar R$ 968 milhões nesta safra, a produção rondoniense de café é mais um setor que mantém uma curva de crescimento contínua, com 51% sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2016 (R$ 641 milhões), contrariando a tendência nacional que experimentou uma queda do VBP no período de 11,4%, saindo de R$ 24 bilhões em 2016 para uma expectativa de R$ 21 bilhões em 2017.

Segundo o secretário de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, desde 2013 a cadeia produtiva do café está passando por um processo de revitalização e com isso conquistando mercados. “A qualidade e a produção do café tinha caído muito e há quatro anos estamos trabalhando nos principais gargalos que afetavam o setor”, aponta.

Padovani explica que para melhorar a qualidade do café os produtores foram orientados pela Seagri, Embrapa, Sebrae, Emater e Câmara Setorial do Café. “Organizamos todos os viveiros de mudas de café, com muda geneticamente produtivas para garantir a qualidade do café, onde existiam 7 viveiros, hoje existem 82, produzindo em torno de 25 milhões de mudas ao ano”, diz.

Tecnologia ultrapassada

As ações realizadas em conjunto conscientizaram os cafeicultores, que hoje substituíram o café que era plantado por sementes, com tecnologia ultrapassada, pelo café clonal. “Com isso o Estado saiu de uma média de 10.6 sacas para 22 sacas, ou seja, foi dobrada a média de produtividade do café no Estado de Rondônia. A última safra foi ultrapassada a média de 2,2 milhões de sacas de café”, finaliza o secretário da Seagri.

O gerente técnico da Emater-RO, José Renato Alves, aponta que esse cenário positivo da cafeicultura advém da renovação do parque cafeeiro. "Os produtores tem implantado lavouras clonais que, quando associados a um bom preparo da área, adubação, manejo de hastes, desbrota, irrigação, controle de plantas invasoras, controle fitossanitário e podas, promovem uma verdadeira transformação no campo", explica.

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